Helena Arcoverde

Posted in Frase by helenarcoverde on 26/08/2015

O desavisado assume o risco do esperto.

Had o quê?

Posted in Crônica by helenarcoverde on 25/08/2015

Had o quê?
Por Helena Arcoverde
Gente, certo que aqui em casa há pluralidade de ideias. Nunca quis criar fotocopias. Isso inibe o talento e a capacidade de reflexão própria. Mas, quem lê minhas notinhas, sabe que eu não sou fã do Had. Pois então, meu filho acha o dito cujo excelente. Gente, eu joguei pedra na cruz. Pior: não é que eu não consigo mais escrever o apelido que pus no tal? Nem o nome. Só sai um pedacinho. Had…. Had… Had. Doc? Nãooooooooo. Trauma puro, nem preciso ir no terapeuta. A mão me trai. Treme. Acreditam? Qualquer hora vou chamar o pai dele e vamos lhe dar uma preleção. Temos coragem par isso? Infelizmente, não. Não queremos desgostá-lo O menino é ajuizado, mas todos têm seus momentos de loucura, concordam? O dele é esse. Estou totalmente traumatizada. Eita, Jesus Cristinho. Had… Had… Had…

Posted in Frase by helenarcoverde on 11/08/2015

Se eu tivesse muito, eles ainda seriam tudo.

O ex, os pés e a fotografia desajustada

Posted in Crônica by helenarcoverde on 06/08/2015

Por Helena Arcoverde

Passara a tarde emoldurando algumas fotografias de minha mãe, quando criança. As poria acima de um banquinho, o mesmo com o qual as imagens foram registradas há uns oitenta anos. Imbuída dessa louvável tarefa, lembrei que havia mais uma fotografia. Eu e o ex em momento de lazer `as margens do rio. Um presente para as crianças, certamente. Penduraria a relíquia em um espaço que os filhos também usam, quando aqui estão. Só que “o diabo quando não vem manda o secretário” e o papel, teimosamente, não ficara bem ajustado `a moldura. Não parecia um dilema, pegaria um estilete, régua e acertaria as bordas. Foi assim que um processo tão caseiro resultou em uma questão doméstica que, não fosse o meu bom senso, teria certa proporção. Pensei em cortar o lado em que o ex jogara os pés. Um detalhe apenas. Imediatamente, temi que alguém – ou quem sabe o próprio – deduzisse que houvera um desfavorecimento proposital. E eu, que não sou afeita `a acusações do gênero, resolvi achar outra solução. Na imagem, eu e o ex despencávamos barra de exercicio abaixo. Os pés pendiam – literalmente – para os lados, expondo o quão incomum era o referido processo. Foi então que achei a solução: cortaria meus pés! Bem, mas se ele não merece, muito menos eu. Somos bons amigos, é certo, mas nem tanto. Não ao ponto de eu cortar meus pés e pernas – na época viçosas e torneadas. Isso eu não faria. Não sou tão santa, ademais, sou a dona da moldura e da fotografia. Enfim, resolvi sacrificar um pouco todos os pés. Justiça feita, emoldurei o registro com o que restou dessa parte do corpo. Agora o ex está em meu escritório. Ao menor deslize em função de divergências acerca dos meninos, o porei no corredor. E se me faltar inspiração para escrever ante a imagem praiana? Isso veremos. Ex bom é o que não atrapalha, entendeu?